A webquest é uma das formas mais interessantes de se desenvolver pesquisa em grupo usando a internet. Foi criada em 1995, por um professor universitário americano, Bernie Dodge, como proposta metodológica para usar a Internet criativamente. Dodge define a webquest como "uma atividade investigativa em que alguma ou toda a informação com que os alunos interagem provém da internet."
Em geral, uma webquest é elaborada pelo professor, para ser solucionada por seus alunos, que são reunidos em grupos. Partindo de um tema, a webquest propõe uma tarefa, que envolve consultar fontes de informação especialmente selecionadas pelo professor. Essas fontes, também chamadas de recursos, normalmente são sites da internet. Mas também podem ser livros, vídeos, e mesmo pessoas a serem entrevistadas. É comum, ainda, que a tarefa proposta exija dos alunos a representação de papéis, para promover o contraste de pontos de vista ou a união de esforços em torno de um objetivo.
Bernie Dodge divide a webquest em dois tipos, conforme a duração do projeto e a dimensão de aprendizagem envolvida: webquest curta, que leva de uma a três aulas para ser explorada pelos alunos, e tem como objetivo a aquisição e integração de conhecimentos; e webquest longa, que leva de uma semana a um mês para ser explorada pelos alunos, tendo como objetivo a extensão e o refinamento de conhecimentos.
Solucionar uma webquest é um processo de aprendizagem interessante, pois envolve pesquisa e leitura; interação e colaboração e criação de um novo produto a partir do material e ideias desenvolvidos pelos alunos. A webquest propicia a socialização da informação. Por estar disponível na internet, pode ser utilizada, compartilhada e até reelaborada por alunos e professores de diferentes partes do mundo.
Fonte: MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 4. ed. São Paulo: Papirus, 2009, p. 101-111. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm> Acesso em: 29 Set. 10.
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